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July 13, 2017, 10 a.m.
Reporting & Production

Project Facet pretende facilitar colaboração de jornalistas em redações

“Embora a colaboração seja historicamente um desafio para as pessoas/a cultura, a dor causada por ferramentas não é insignificante.”

O jornalismo colaborativo é ótimo — até se perder em correntes de e-mail, canais de Slack e Google Drive. O Project Facet quer mudar isso e busca colaboradores para seu empreendimento.

“Há redações que querem colaborar, mas logisticamente é difícil”, disse Heather Bryant, jornalista e engenheira de software. “A maioria dos lugares está usando email, talvez tenham um calendário que compartilhem, estão tentando usar os Quadros no Trello, estão tentando levar todos para o Slack… Embora a colaboração seja historicamente um desafio para as pessoas/a cultura, a dor causada por ferramentas não é insignificante.”

Heather recentemente terminou seu trabalho como bolsista do John S. Knight Journalism Fellowship em Stanford, onde mergulhou na tecnologia no centro das colaborações no jornalismo. Seu interesse foi estimulado por um trabalho anterior como editora de serviços digitais da KTOO Public Media em Juneau, no Alasca.

“Para as redações com as quais eu trabalhava no Alasca, a colaboração é uma necessidade”, explicou Heather. “Quando você tem redações de uma e duas pessoas tentando cobrir muito espaço, é difícil de fazer. As redações melhor posicionadas para cobrir uma história seriam aquelas para cobrí-la: as estações perto da Guarda Costeira, perto das pescarias… Nem todas as estações tinham que pular e ir cobrir [a história], porque sabiam que tinham um parceiro de confiança para fazer a reportagem.”

As complicações surgiram quando os líderes da redação olharam para como realmente fazer a coordenação. Heather disse que muitos confiavam em emails, “e realmente vira uma bagunça, muito rápido.”

Para isso serve o Project Facet: um painel de comunicação e arquivos compartilhados baseado na web, onde vários colaboradores podem agendar check-ins, desenvolver histórias, acompanhar o progresso da equipe e até mesmo escrever e editar matérias lado a lado. Heather vem construindo essa ferramenta sozinha desde 2015, quando recebeu uma doação do Knight Prototype Fund para explorar a perspectiva do software de código aberto para simplificar o processo editorial para organizações de notícias, especialmente editores multiplataforma. Sua bolsa no ano passado permitiu que ela se submergisse completamente no Project Facet.

Em sua candidatura, Heather enfatizou que queria pesquisar “quais ferramentas, infraestrutura, recursos — o que precisamos fazer para ajudar as salas de redação a criarem parcerias efetivas e significativas”. Desde então, ela criou uma comunidade Slack de 300 seguidores focada em jornalismo colaborativo, participou de uma dúzia de conferências e visitas ao local e colecionou dados sobre a geografia do jornalismo colaborativo através de uma pesquisa na redação. (Heather vem construindo o software com a ideia de colaboração entre redações, mas quer incluir freelancers e indivíduos na plataforma também).

Ela escreveu em um post no Medium após sua bolsa:

Quando eu sabia que iria ser bolsista do John S. Knight Fellowship, eu divagava sobre meu enquadramento. Em vez de gastar meu tempo negociando e debatendo, eu gastaria em reportagem. Eu queria conversar com tantas pessoas quanto possível, que estavam interessadas em colaboração ou já estavam fazendo projetos colaborativos. Quero saber o que está funcionando, o que não está e o que precisa ser melhor.

(Você talvez tenha visto um de seus posts mais recentes no Medium, sobre o problema de classe do jornalismo, que atraiu muita atenção nos círculos jornalísticos.)

Agora, o Project Facet está quase pronto para implantação. Heather disse que tem vários parceiros de redação ansiosos para testar a versão beta que identificou três projetos colaborativos diferentes para usá-lo. Mas ela está procurando adicionar alguém que possa enfrentar primeiro o componente de segurança da plataforma. Ela também está preparando o Project Facet para lançar como uma organização sem fins lucrativos, com planos de longo prazo para encontrar apoio financeiro através de assinaturas, adesões e licenciamento.

“Eu tinha começado a investigar qual seria o capital de capital de risco e cheguei à conclusão de que essa não é necessariamente a direção certa”, disse Heather. Ela está de ollho em redação menores, como costumava trabalhar: “Preferiria que mil pequenas redações pudessem colaborar facilmente do que poder construir uma grande ferramenta para uma grande sala de redação.”

Mas para ter o Project Facet funcionando até o outono [no hemisfério norte] como planejado, Heather precisa encontrar seus próprios colaboradores.

“O grande desafio para mim agora é a transição de ser uma coisa que eu tenho trabalhado para ter mais pessoas trabalhando nisso para crescer a uma taxa melhor”, disse ela.

Translation by IJNet.org. This article was originally published in English here.

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POSTED     July 13, 2017, 10 a.m.
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